Em todos os conflitos que ocorrem, dignos de estamparem a primeira página dos jornais ou topo dos sites "especializados", segue a busca de um culpado pelo fato.
Nos últimos dias ocorreu o acidente do Thor Batista, filho do homem mais rico deste país, em que ele acabou por atropelar um homem que trafegava em uma bicicleta.
Não descarto que tenha que ser apurado o caso, procurar saber ao certo o que aconteceu e que se o "herdeiro afortunado" for de fato culpado, pague por seus danos. Por outro lado, a imprensa logo crucifica o jovem, sendo que este não é o seu papel. Nas duas academias (em jornalismo e em direito), fica bem claro, nas disciplinas de ética, que quem é encarregado de apurar os fatos e dizer com "fé pública" o que ocorreu e quem é o culpado é a justiça, e não a imprensa.
A imprensa tem um papel muito importante, de informar, mas para isto não precisa seguir buscando culpados, e sim praticar a sua atribuição com ética.
No caso do Thor, se levou muito em conta o "senso comum", a tendência que "um jovem com dinheiro MATA um trabalhador", o que é feito de forma exagerada e prematura, pois os fatos vão ser apurados.
Além disso, colocam a idéia de que neste país "Quem é rico não fica preso", o que não deixa de ser uma realidade, mas se continuarmos com essa mentalidade NUNCA mudaremos, e a imprensa tem um grande papel nisto, sendo que é a vitrine dos padrões culturais.
